O governo federal liberou, nesta sexta-feira (21), o crédito consignado para trabalhadores do setor privado com carteira assinada, permitindo o uso de até 10% do saldo do FGTS e 100% da multa rescisória como garantia. A medida, que visa beneficiar cerca de 47 milhões de trabalhadores, incluindo empregados rurais, domésticos e MEIs, promete reduzir significativamente as taxas de juros, que hoje estão em média em 2,89% ao mês para o setor privado. A expectativa é que, com as garantias do FGTS, o custo do empréstimo caia até 40%, tornando-se mais competitivo em comparação com outras modalidades de crédito.

No entanto, apesar da liberação, as normas sobre a utilização do FGTS ainda não foram regulamentadas pelo Conselho Curador, que só deve analisar o tema em 15 de junho. O secretário-executivo do Ministério do Trabalho, Francisco Macena, minimizou o risco da falta de regulamentação imediata, afirmando que o período sem garantia formal será curto.

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) saudou a novidade, mas prevê um início mais cauteloso enquanto o mercado se adapta às novas regras. Os contratos poderão ser firmados diretamente pelo aplicativo da Carteira de Trabalho Digital.