Brasil sai do Mapa da Fome e pequenos negócios contribuem com a conquista
Em 2024, mais de 1,2 milhão de empregos foram criados nos pequenos negócios, levando renda para a população. Número é semelhante ao daqueles que foram contratados e estavam no Bolsa Família
Uma grande conquista para o povo brasileiro com a participação dos pequenos negócios. O Brasil saiu novamente do Mapa da Fome, de acordo com relatório divulgado pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO/ONU). Segundo o levantamento, menos de 2,5% da população está em risco de subalimentação – quando uma pessoa consome, de forma habitual, menos calorias do que o necessário para manter uma vida ativa e saudável. O anúncio foi feito durante evento oficial da 2ª Cúpula de Sistemas Alimentares da ONU, em Adis Abeba, na Etiópia.
Não dá para não se emocionar com essa notícia que mostra claramente que tudo vale a pena quando o povo está no centro das políticas pública. Infelizmente estávamos convivendo com essa tragédia do nosso país no Mapa da Fome. Um grande esforço do presidente Lula e do vice-presidente Geraldo Alckmin que merece ser celebrado.
Décio Lima, presidente do Sebrae.
O Brasil já havia saído da lista de países com fome em 2014. No entanto, após a análise dos dados de 2018 a 2020, a ONU recolocou o país na categoria, apontando um aumento da insegurança alimentar no período.
Décio Lima recorda que os pequenos negócios têm um papel fundamental neste anúncio. Isto porque eles têm contribuído diretamente para alavancar a geração de renda e a superação da pobreza pela população. Somente em 2024, mais de 1,2 milhão de empregos foram gerados no setor. A quantidade se assemelha aos que foram contratados e que estavam no Bolsa Família, de acordo com levantamento do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) – 1,27 milhão.
Somente entre os meses de junho e julho deste ano, cerca de 958 mil famílias deixaram de receber o benefício do Bolsa Família. Dessas, mais de 536 mil não recebem mais os recursos porque conseguiram um emprego estável ou tiveram uma melhora da sua condição financeira como empreendedores.
“Já superamos parte dos problemas de curto prazo: retomamos o crescimento e reduzimos o desemprego. A transferência de renda já impulsiona a economia do país. O que promove o desenvolvimento é a sofisticação da estrutura produtiva, e o Brasil trabalha nesse sentido, buscando sua própria transformação por meio de políticas estruturantes, inovação, apoio aos pequenos negócios e diversificação qualificada”, explica Décio Lima.
E não são somente as famílias de baixa renda que os pequenos negócios estão beneficiando. Estimativa feita pelo Sebrae em 2023 – com base em dados da Receita Federal e pesquisas da instituição – revela que praticamente metade da população é impactada direta ou indiretamente pelos microempreendedores individuais (MEI) e pelas micro e pequenas empresas (MPE).
Ao todo, segundo o estudo, são 95 milhões de pessoas. O número é cerca de 10% maior do que o detectado em 2021, quando foram estimados 87 milhões de brasileiros beneficiados. Atualmente, o setor é responsável por 26,5% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. “Os pequenos negócios são uma grande força que impulsiona o crescimento do país. É um setor formado por homens e mulheres que não desistem de seus sonhos e contribuem para a economia de uma forma impressionante”, ressaltou o presidente do Sebrae, Décio Lima.
Fonte: Sebrae