A Corrida contra o Feminicídio, promovida pela Secretaria de Estado das Mulheres (Sempi), já virou tradição no calendário de corridas do mês de maio no estado. Este ano, o evento acontecerá no dia 25 de maio, contabilizando sua 4ª edição. Até a realização do evento, as corredoras e os corredores devem manter uma rotina equilibrada de treinos e boa alimentação. 

Preparar o corpo para uma corrida de rua, mesmo que em um trajeto curto como o de 2,5 km proposto pela Corrida contra o Feminicídio, é essencial para garantir um bom desempenho, além de evitar dores, fadiga e lesões.

Essa preparação abrange não apenas treinos focados no desempenho, mas também uma alimentação equilibrada e uma hidratação adequada. Conforme ressaltado por Tayanne Cavalcante, coordenadora da Garantia dos Direitos e dos Cuidados e Saúde da Mulher da Sempi, é essencial que corredoras e corredores adotem hábitos saudáveis que devem ser mantidos até o dia da corrida. 

“Um dia antes, não devem consumir muita proteína e nem muitos alimentos ricos em gorduras. E o ideal é que consumam carboidratos, principalmente carboidratos complexos. E no dia da prova, precisam fazer uso de alimentos mais leves, que não pesem no estômago, que sejam carboidratos de absorção rápida, como uma banana com mel”, indica.

Ela ainda orienta que a boa alimentação previne lesões, e que para além de uma preparação alimentar, a corredora e o corredor devem ter acompanhamento de um profissional de Educação Física, para manterem uma prática regular de exercícios complementares, como musculação para fortalecer as articulações. 

As mulheres que já praticam a corrida também compartilham suas experiências quanto à rotina de boas práticas de treino e alimentação, como a Assistente Administrativa Paula Adriana, que pratica o esporte desde 2020 e que já participou de edições anteriores da Corrida contra o Feminicídio. 

“O que mais me encanta na corrida é que é um esporte individual, devido à minha rotina, é um esporte que eu consigo fazer sozinha, no meu ritmo. Geralmente, quando tem alguma prova de corrida, eu cuido bastante da minha alimentação, mantenho uma alimentação equilibrada, bebo bastante água e uso isotônicos para melhorar o meu desempenho. E é claro que tem que descansar. Sempre no dia anterior é preciso descansar, dormir bem antes da corrida.

Paula Adriana ainda completa dizendo que a prática da corrida lhe traz força, e que o evento promovido pela Sempi conscientiza todo o estado do Piauí. 

“A corrida, pra mim, representa força. Sempre que eu corro, eu lembro o quanto que eu sou forte. E a corrida contra o Feminicídio é muito especial. Eu fico muito feliz de fazer parte desse movimento importante no nosso estado e eu tenho certeza que vai ser um momento lindo com muitas pessoas mobilizadas correndo juntas por essa causa tão urgente”, compartilha. 

A Corrida Contra o Feminicídio é uma das ações da campanha “Ei, mermã, no enfrentamento ao feminicídio”, promovida anualmente no mês de maio pela SEMPI. A ação tem como objetivo sensibilizar homens e mulheres para o enfrentamento ao feminicídio, à misoginia e a todas as formas de violência de gênero. 

Além da edição em Teresina, os municípios que possuem Organismos de Políticas para as Mulheres também irão promover suas próprias corridas como parte da mobilização local. As datas e locais dessas ações serão divulgados em breve. 

As inscrições para a 4ª edição da Corrida contra o Feminicídio já esgotaram, foram contabilizados mais de 4 mil inscrições, envolvendo mulheres, homens e crianças. Aos inscritos, a entrega dos kits será realizada entre 19 e 23 de maio, mediante apresentação de CPF e doação de 1 kg de alimento não perecível.

Percurso e programação

A Corrida terá início às 5h30, com largada e chegada no Parque Nova Potycabana. O percurso de 2,5 km inclui trechos da Avenida Raul Lopes, a Ponte Wall Ferraz e o Monumento “Negros Mercadores”. 

Além do percurso, o público poderá participar de atividades no espaço “Ei, mermã, você não está sozinha”, que oferecerá feira de produtos de mulheres empreendedoras, aluguel de bicicletas e serviços de orientação sobre saúde e a Lei Maria da Penha.