Economia - 29/11/2024 - 12:46

"Tirar dos 100 mil para dar aos 100 milhões", disse Haddad ao PT. Foi aplaudido de pé

Medidas econômicas anunciadas por Haddad foram apoiadas pelo partido



Foto: Pensar Piauí

"Foi o maior gol político recente de Lula", declarou Lindbergh Farias (PT-RJ), futuro líder da bancada do PT, ao comentar o pacote econômico de cortes de gastos apresentado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Na noite de quarta-feira (27), Haddad reuniu-se com parlamentares e membros do diretório nacional do PT para detalhar as medidas de ajuste fiscal do governo Luiz Inácio Lula da Silva, prometidas desde meados de outubro e que seriam oficialmente apresentadas em rede nacional pouco depois. O encontro ocorreu na sede nacional do partido, em Brasília, e contou com grande adesão da bancada petista.

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De acordo com relatos de participantes, Haddad foi aplaudido de pé pelos presentes e recebeu elogios da presidente da sigla, Gleisi Hoffmann, conhecida por ser uma das principais vozes críticas a iniciativas de enxugamento de gastos no governo. A informação foi divulgada pela coluna Painel da Folha de S.Paulo.

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Durante a reunião, o ministro exibiu o vídeo que seria veiculado em rede nacional e apresentou um panorama detalhado das medidas. O publicitário Sidônio Palmeira, responsável pela comunicação das propostas, também esteve presente.

Segundo petistas que participaram do encontro, o momento mais marcante foi quando Haddad afirmou que o objetivo das medidas é "tirar dos 100 mil para dar para os 100 milhões". Ele referia-se às propostas de taxar os mais ricos, incluindo maior tributação no Imposto de Renda para quem ganha acima de R$ 50 mil e a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda para rendimentos de até R$ 5.000 por mês.

Entre as medidas anunciadas pelo governo estão: limitação no ganho real do salário mínimo; revisão das regras de concessão do abono salarial; regulamentação dos supersalários; endurecimento nas regras de acesso ao Benefício de Prestação Continuada (BPC); alterações nas aposentadorias dos militares; e controle do crescimento das emendas parlamentares, alinhado às regras do arcabouço fiscal.


Fonte: Pensar Piauí