Caatinga de volta: Parque Estadual do Cânion do Rio Poti avança no reflorestamento
São mais de 54 hectares reflorestados e 44 mil mudas de espécies nativas plantadas, recuperando um patrimônio natural que é orgulho do estado.
O que antes era área degradada, hoje começa a ganhar vida nova. No coração do Parque Estadual do Cânion do Rio Poti, no Piauí, o verde está voltando com força graças a um projeto de recuperação da caatinga, coordenado pela Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh).

São mais de 54 hectares reflorestados e 44 mil mudas de espécies nativas plantadas, recuperando um patrimônio natural que é orgulho do estado. Árvores como angico, aroeira e juazeiro estão sendo replantadas para devolver sombra, alimento e abrigo para os animais, além de proteger o solo e manter o equilíbrio do ecossistema.
Para José Netto, auditor ambiental da Semarh, o trabalho vai muito além de plantar árvores. “Estamos falando de devolver vida para a caatinga. Cada muda que a gente planta aqui é um passo para que as futuras gerações conheçam um Piauí mais verde e equilibrado. Esse trabalho é exemplo de planejamento e cuidado com o nosso meio ambiente”, comentou.
O serviço é executado pela empresa DSI Ambiental, que adotou técnicas modernas para garantir o sucesso do reflorestamento. Tiago Brito, engenheiro florestal da empresa, explica. “A gente começou analisando o solo de cada uma das oito áreas de plantio para entender exatamente o que precisava ser corrigido. Fizemos calagem, adubação química e orgânica, incluindo dois quilos de esterco caprino curtido em cada muda. Instalamos um sistema de irrigação por gotejamento, que leva água direto à raiz, duas vezes por semana, e aplicamos cobertura orgânica no solo para reter a umidade. Tudo isso aumenta a chance das plantas crescerem fortes e saudáveis”, detalhou.
O secretário estadual de Meio Ambiente, Feliphe Araújo, reforça que o projeto é um marco na conservação ambiental do Piauí. “Quando cuidamos da caatinga, estamos cuidando também das pessoas, porque a natureza saudável traz chuva, protege as nascentes e melhora a vida de quem mora no campo. Esse trabalho no Parque do Rio Poti é só o começo. Vamos continuar investindo para que a caatinga volte a ser verde, viva e forte”, disse.
O resultado é visível: áreas antes secas e sem vegetação agora estão cheias de vida. Um exemplo de que, com técnica, dedicação e parceria, é possível devolver o verde para onde ele foi perdido — e mostrar que a caatinga não é sinônimo de seca, mas de resistência e riqueza natural.
Fonte: Semarh