Programa Pé Torto Congênito é referência no tratamento realizado em crianças no Hospital Infantil
O agendamento para o atendimento no HILP acontece por regulação estadual ou em uma unidade básica de saúde, com a documentação: Cartão SUS da criança; RG/CPF dos responsáveis; e o Guia de Encaminhamento com o laudo da indicação de pé torto congênito
No Piauí, o Programa Pé Torto Congênito é referência em atendimento especializado às crianças nascidas com essa malformação ortopédica. O Hospital Infantil Lucídio Portella (HILP), em Teresina, lidera essa ação, oferecendo o tratamento conforme o método de Ponseti, reconhecido internacionalmente.
“O pé torto congênito é uma deformidade em que o pé do bebê nasce virado para dentro e para baixo, e ocorre em cerca de um em cada mil crianças. Sem intervenção precoce, a condição pode causar dificuldade para andar, dor e uso de calçados inadequados ao longo da vida”, informa o cirurgião ortopédico, Ribamar Bandeira.
De acordo com dados do Sistema de Centro Cirúrgico e Obstétrico, o programa tem apresentado resultados expressivos: Em 2023: foram realizados 21 procedimentos cirúrgicos, representando 91,3% dos procedimentos ortopédicos realizados na linha específica desse tratamento no hospital. Em 2024: o número aumentou para 22 cirurgias, um avanço que reflete o fortalecimento do programa. Até maio de 2025: já foram realizadas 15 cirurgias, com expectativa de superar os números dos anos anteriores até o final do ano.

O cirurgião ortopédico Ribamar Bandeira explica que o método de Ponseti, que é gesso seriado, tenotomia e órtese, reduziu drasticamente a necessidade de cirurgias complexas, garantindo maior mobilidade e autonomia aos pacientes . “O diagnóstico precoce, muitas vezes ainda durante a gestação, permite o início dos gessos já nos primeiros dias de vida, potencializando os resultados”, explicou.
O tratamento do método de Ponseti funciona com os gessos seriado sendo trocados semanalmente para correção gradual; a Tenotomia é a cirurgia rápida para liberar o tendão de Aquiles, nos casos indicados; e a Órtese (botinha com barra), geralmente é utilizada por até 4 anos para prevenir recidiva.

O Programa Pé Torto Congênito conta com uma equipe multidisciplinar formada por ortopedistas pediátricos, fisioterapeutas e enfermeiros, além de psicologia e do serviço social que auxiliam famílias no acompanhamento do tratamento, contribuindo para o acolhimento e o sucesso terapêutico.
Para ter acesso ao tratamento é preciso realizar o diagnóstico pré-natal ou ao nascer por meio de consultas regulares. O agendamento para o atendimento no HILP acontece por regulação estadual ou em uma unidade básica de saúde, com a documentação: Cartão SUS da criança; RG/CPF dos responsáveis; e o Guia de Encaminhamento com o laudo da indicação de pé torto congênito.
Com resultados que mudam definitivamente a vida das crianças, o Programa Pé Torto Congênito do HILP já ajudou dezenas de pequenos piauienses a conquistar uma vida mais independente e saudável. A prevenção e tratamento precoce são pilares dessa transformação.
Para saber mais ou agendar uma consulta, entre em contato com o Hospital Infantil Lucídio Portella, através do (86) 98832 4756.

Fonte: Sesapi